dimanche 13 décembre 2015

3 x 3 Annual Magazine 2015

4 illustrations from Granta Magazine #4 Portugal selected in Professional category (Merit award) and published in the 3x3 Annual Magazine.
"3x3 is the first publication devoted entirely to the art of contemporary illustration. Published in the United States and distributed worldwide, our sole interest is in sharing what’s shaping international illustration".
Here are the selected images. More images here.
Strange as it may seem and too busy doing other stuff, this is the first time in 8 years that I do my self promotion in the US. Well, first test concluded!
Some other black/white illustrations made for ChiliComCarne, have been recently selected as runner-up in Creative Quaterly #42. Happy to know that I'm in good company with Portuguese friends and Mica student like talented Nan Cao

mardi 1 décembre 2015

Lexington Market - Watercolor sketches

With my watercolor class, wetwetdrywatercolor.blogspot.com we spent a good time at the Lexington Market in Baltimore. The market is one of the longest-running markets in the world, having been around since 1782.
Pat d'eph' (Elephant pants & Betty, of course)
Flashy girl (around 60 years old also)

Winter is coming!
The yellow man. I feel guilty to not have such pants....
The crazy girls (around 60 years old each).By the past, I had the chance to dance with girls like these: Man, they are the best.
The band at the Lexington Market. Hey man, no tourist-oriented attractions here, this is serious matter. Around noon we listened to a fabulous band and did a lot of sketches. "Hey baby, Don’t throw your love on me so strong. Hey baby, Don’t throw your love on me so strong. You know your love is like a faucet, you can turn it off or on", T-Bone Walker- Don't throw your love on me so strong.

yogman 2

Yogman ne connaît pas la peur.
Pour se déhancher, un peu de musique lui suffit. Il n'a rien a voir avoir la Suède, et préfère de loin boire un coup dans "uma cubata do Huambo".
Dans cette petite pièce aux quat' murs ouverts, 
deux petites fourmis font des petit' choses légères
elles s'ébattent dans l'air rose, se lèchouillent, 
se frottent, se suçotent et se baisouillent.
Ouf! Pleine comme une mangue
d'une marche coupé-décalé
la graine de Yogman rue comme un mustang
et se prend pour un pingouin émancipé
Tsakane, au bord de l'océan Indien
un coup de pied ne vaut rien
Bekka et Onda te prendront dans leurs bras
Elles sont si douces qu'elles feront de toi un petit Bouddha.
Écoutes au moins Ntombi Marubini petit têtu, 
la pluie tombe sur Maputo, laisse tranquille les cobras
pleures un peu et sers- toi contre moi.
Un jour on ira a Inhaca, flairer quelque absolu.

Yogman 1

Yogman est une sorte de Gargantua des temps péniblement actuels. Il n'aime pas ISIS/Daech, ni les tordus en général, ni les Générals en particulier..
Yogman aime bien sauter sur son lit (et il n'est pas le seul le malheureux!)
Yogman sait comment argumenter en faisant des bulles avec autrui mais tout en douceur.
Yogman est un dévastateur. Reconnaissons lui cette faiblesse.
Yogman a toujours de solides arguments (allez, au moins un!)
Yogman n'est pas très bon en calcul, mais il est sait au moins compter jusqu'a 60. Oui, et alors?
Yogman aime les siestes (la quéquette à l'air, oui. Ah le bienheureux!)
Yogman, plus que tout, aime jouer et jamais avec des rabats joie. Et oui!

Quinzena dos direitos - Bissau

De 1 a 14 de Dezembro, a Casa dos Direitos e as organizações da sociedade civil associadas promovem a Quinzena dos Direitos, com actividades em torno dos direitos humanos na Guiné-Bissau. Conferências, exposições, feira do livro, música, cinema, teatro e sessões para os mais novos – tudo servirá de pretexto para falar sobre direitos humanos. As diversas sessões ao longo das duas semanas são organizadas em parceria com os projectos de direitos humanos Observatório dos Direitos, Ora di Diritu e Vozes de Nós, levados a cabo pelas organizações parceiras e financiadores. A sessão inaugural é presidida por S. Ex. o Primeiro Ministro, Eng. Carlos Correia.
Aqui vai a minha contribuição para o evento: umas cabecinhas encomendadas pela Fátima Proença da ACEP que serviram de base para o cartaz feito pela  Armanda Vilar. Nada melhor do que colaborar com pessoas amigas e talentosas, claro. Saudade da Guine, bolas!


jeudi 29 octobre 2015

The Garden Of Kongolotes - Exhibition at the Pinkard Gallery, MICA, Baltimore.

Individual exhibition at the Pinkard Gallery, Maryland Institute College of Art, Baltimore. 
I have a show up of 130 photos, drawings and reference material for a Graphic Novel in progress, The Garden of Kongolotes. Reception will take place Friday, November 65 - 7 PM

Lisboa é Very Very Typical

Chegada
Primeiros dias de Setembro de 1990: Uns quilómetros depois de Vilar Formoso parámos o carro. Avisamos uns blocos de granito. Lá fizemos o nosso piquenique: uns tomates bem vermelhos salpicados de pimenta. Portugal ainda hoje tem esse sabor: algo fresco, simples e bom.  Algo colorido. A seguir, descemos o mapa todo até Lisboa com uma paragem em Coimbra numa pensão cuja ligação ao presente limitava-se ao ruído das molas da cama. O resto era definitivamente preso num tempo indefinido que desapareceu definitivamente quando arranquei o carro para a recta final da estrada. Vruuuum!

Poesia pura
Se não tinha visto a Flor do mar de João César Monteiro, se não tinha lido “Mensagens” de Fernando Pessoa, se não tinha avistado essa fotografia da Agnês Varda (uma jovem descalçada numa rua de Figueira da Foz), não sei se teria ido para Portugal, não sei se teria voltado para Portugal e voltado mais uma vês. Grécia estava na minha lista. Se não tinha tido a sorte de encontrar umas pessoas maravilhosas que se tornaram tão decisivo para a banda desenhada e a ilustração em Portugal, não sei se teria ficado. Todos eles foram as minhas amigos, os meu amigos.  Alguns deram-me trabalho, outros, malandros, ofereceram-me copos. Um deles deu-me os dois na mesma quantidade. Aqui fica a minha gratidão para eles todos. E por causa daquele malandro; ainda bebo trabalhando. Bolas!

Lisboa é dos meus filhos
Portugal ainda tem umas maternidades. Um filho meu nasceu em Lisboa. O nosso primeiro encontro aconteceu a frente das portas do elevador da cave da maternidade onde ele nasceu. Foi perto do talho onde tinha acontecido a cesariana que nos encontramos pela primeira vês. Uma mulher saiu da loja e passou a minha frente com uma carrinha onde estava um bebezinho com cara de tartaruga, bem velinha! Soube logo que era o meu filho. Nos, Célticos, nascemos velhos. Temos rugas na cara que dizem muito da nossa viagem no Além. É por isso que as nossas avós chamam-nos de “Khoz”; o velho. O gajo teve uma longa caminhada para chegar até Portugal. Naquele momento era sábio e se perdeu uma sabedoria é para recuperar outra de certeza. 

Porto de partida.
Quando cheguei em Lisboa, apeteceu-me fumar. E fumei. Enrolados por tradição familiar e cigarrilhas de preferência. Foram dezenas de fumos azulados que  acompanharam os navios que passavam a frente da Parede fazendo bonecos no ar. Com eles, viajava no longínquo. Uma coisa de menino até eu ter conseguido viajar por esse longínquo. Portugal é também isso: uma porta para entrar noutros espaços. A “Lusofonia” em primeiro lugar. A seguir, mais lugares, todos eles extraordinários. A língua portuguesa deu-me asas. E mudou a natureza dos meus sonhos. 
 O quê? Não falei de copos? Quando cheguei em Portugal, não precisei treinar...já era viciado. Aproveitei simplesmente da boleia porque o vinho português é do melhor! Ainda mais quando partilhado.

Lisboa é Africana
Portugal é Tuga, Lisboa é que não. Nunca consegui namorar com a Margarida, louca por Bulimundo e Simintera, e a vendedora de cuecas da rua São Lazaro. Pois ela já tinha dois namorados; um vindo da Quinta do mocho, o outra da Damaia, mas éramos amigos, ainda somos. Tal como eu, mas por razões diversas, pois os seus clientes estavam espelhados por todo lado, ela tinha umas boas noções de Lisboa, cidade preta. Do meu lado, foi com uma moça das Ilhas Maravilhosas que conheci melhor os pavões do parque do Museu da Cidade, que vi uns filmes de acções em Alvalade e que perdi-me a noite na cidade toda. O território era nosso. Naquela altura, nas ondas o Gil Semedo batia certo e não sabia ainda que mais tarde ia gostar tanto do Abílio Mandlaze, do Avelino Mondlane, do Eugénio Mucavel e da Fanny Mpfumu. Pois RDP África sabe bem as orelhas mas o melhor é andar mesmo nessas terras quentes onde também se fala português. 

Partida
“Senhor Ministro, Vossa Excelência, bem sei que muitos dos vossos compadres, mais uma vez,  recomeçaram a imigrar. Faz favor não olhar para mim com olhos tortos que não tenho nada a ver com o assunto. Encontrei alguns deles em Maputo a procura dum ganha-pão. Bem simpáticos devo dizer. Reconheço não ter os devidos documentos para ser considerado filho da Nação, mas enfim, Senhor Ministro, vejamos a situação: Um filho meu nasceu no Restelo, uma filha minha ainda parte braços num curso de Kung-Fu algures na Grande Lisboa, e tenho bons amigos que ainda bebem e rezam por mim na língua de Camões e dos Mendes. Fui-me embora três vezes para viver noutro lugar. Sempre voltei. Posso voltar ainda. Aliás, voltarei. Nunca torci pela Aguiã, nem para o Leão ou o Dragão, mas sou amador de pão, bons queijos e vinhos. Se precisam dum artista ou dum bretão, faz favor dizer, cá estou eu. Um abração do fofo que eu sou”.
Pronto, acho que oves já tem tudo. Obrigado pelo convite. Espero que o livro terá sucesso.
Da minha parte, vou continuar a desenhar sobre o tema. Desencadeou um desejo de fazer mais. não sei se irei fazer BD, mas escrever e desenhar, isso sim. O melhor seria partilhar esse projecto a medida que avançara contigo para ver o que tu achas. 


Capa do Lars Henkel

Experiências de quem estudou ou trabalhou em Lisboa. 
1 Capital europeia / 12 autores estrangeiros / 9 países / 3 continentes.
Livro publicado pela malta de Chili Com Carne, CCC.
Thanks Marcos!

vendredi 18 septembre 2015

Jogar cartas - Playing cards

Jogar cartas sem batota (imagem publicado aonde nos anos 2000/2002) 
 No cheating (Illustration published in a Portuguese magazine in 2000/2002)

mercredi 9 septembre 2015

Chili Com Carne project

Invited by Marcos Farrajota of the Portuguese Publishing house Chili Com Carne, I recently did 6 pages (text and images) for a book to be released in October. The book includes the participation of several authors, all of them foreigners, who lived for some years in Portugal. Here's one image and some of the text in Portuguese, for sure!
Convidado pelo Marcos Farrajota de Chili Com Carne, realizei umas 6 páginas (texto e imagens) para um livro a ser editado em Outubro. O livro conta com a participação de vários autores, todos eles estrangeiros, que viveram por uns anos em Portugal. Aqui vai uma imagem (Poesia pura) e parte do texto em Português, claro.
Porto de partida.
Quando cheguei em Lisboa, apeteceu-me fumar. E fumei. Enrolados por tradição familiar e cigarrilhas de preferência. Foram dezenas de fumos azulados que  acompanharam os navios que passavam a frente da Parede fazendo bonecos no ar. Com eles, viajava no longínquo. Uma coisa de menino até eu ter conseguido viajar por esse longínquo. Portugal é também isso: uma porta para entrar noutros espaços. A “Lusofonia” em primeiro lugar. A seguir, mais lugares, todos eles extraordinários.A língua portuguesa deu-me asas. E mudou a natureza dos meus sonhos.
 O quê? Não falei de copos? Quando cheguei em Portugal, não apeteceu-me beber porque...já era viciado. Aproveitei simplesmente da boleia porque o vinho português é do melhor! Ainda mais quando partilhado.

lundi 7 septembre 2015