mardi 29 avril 2014

Há Guerra no Estoril

Na praia, meio dúzia de crianças despreocupadas gritam e correm em todas as direções. O ar quente amolece uns nuvens adormecidos, a areia voa dum lado para outro, os peixes ficam assustados. Depois dum triplo salto no ar, um deles cai no meio dos banhistas. “Ai Minha Mãe!”, dizem eles. 
Mais gritos, mais corridas!
Dum bolso seu, Pipocas, o velho vendedor de gelados, sai a trompeta e chama a tropa. Aqui vem ela. No meio dum campo de algas, o Comandante-Geral do Batalhão, Coronel João Vafoge, reúne uns voluntários. A guerra é declarada! Já cheira a pólvora, a maldição e a morte! Meninos, saem do caminho! O pior poema épico do verão na praia há de ser hoje!
Obrigado ao meus meninos: René pelos seus lindos tanques de papel, e a Hilla pelas marcas de caneta de filtro na sua mão. Obrigado também ao peixe morto que, por acaso, passeava pela praia. Sem ele, nada feito!

vendredi 18 avril 2014

Le soleil est de sable - A sandy sun

  Barely a square meter on the edge of Atlantic waters.
Soft wind.  The beach is almost deserted.
Everything is alright also if some stubborn waves are incessantly redoing my alphabets.

mercredi 16 avril 2014

Soleil vert

Je voudrais vois le Soleil vert.
Prisonnière ou bichonnée par la famille ?
Colonisée ou prête à la fuite ?  
Je voudrais voir le Soleil vert.
Un jour, ne pas savoir que répondre à ceux qui vous harcèlent.
Un autre jour, être adulée par une foule de va-nu-pieds.
Aller au bal, choisir son cavalier et puis... swinguer. 
Je voudrais voir le Soleil vert!
L’appétit rebutant des « groupes ». La soif inextinguible de celui qui choisi d’être seul.
Pfouuu, je lance mes membres jusqu’aux confins… 
Je voudrais vois le Soleil Vert!
Je voudrais voir le Soleil vert, ne plus sentir sur ma nuque le chatouillis discret mais insistant du poids de toute chose, et dormir enfin.