Na praia, meio
dúzia de crianças despreocupadas gritam e correm em todas as direções. O ar quente
amolece uns nuvens adormecidos, a areia voa dum lado para outro, os peixes ficam
assustados. Depois dum triplo salto no ar, um deles cai no meio dos banhistas. “Ai
Minha Mãe!”, dizem eles.
Mais gritos, mais corridas!
Dum bolso seu, Pipocas,
o velho vendedor de gelados, sai a trompeta e chama a tropa. Aqui vem ela. No
meio dum campo de algas, o Comandante-Geral do Batalhão, Coronel João Vafoge, reúne
uns voluntários. A guerra é declarada! Já cheira a pólvora, a maldição e a
morte! Meninos, saem do caminho! O pior poema
épico do verão na praia há de ser hoje!
Obrigado ao meus meninos: René pelos seus lindos tanques de papel, e a Hilla pelas marcas de caneta de filtro na sua mão. Obrigado também ao
peixe morto que, por acaso, passeava pela praia. Sem ele, nada feito!
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