mardi 29 avril 2014

Há Guerra no Estoril

Na praia, meio dúzia de crianças despreocupadas gritam e correm em todas as direções. O ar quente amolece uns nuvens adormecidos, a areia voa dum lado para outro, os peixes ficam assustados. Depois dum triplo salto no ar, um deles cai no meio dos banhistas. “Ai Minha Mãe!”, dizem eles. 
Mais gritos, mais corridas!
Dum bolso seu, Pipocas, o velho vendedor de gelados, sai a trompeta e chama a tropa. Aqui vem ela. No meio dum campo de algas, o Comandante-Geral do Batalhão, Coronel João Vafoge, reúne uns voluntários. A guerra é declarada! Já cheira a pólvora, a maldição e a morte! Meninos, saem do caminho! O pior poema épico do verão na praia há de ser hoje!
Obrigado ao meus meninos: René pelos seus lindos tanques de papel, e a Hilla pelas marcas de caneta de filtro na sua mão. Obrigado também ao peixe morto que, por acaso, passeava pela praia. Sem ele, nada feito!

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